COMEÇANDO  2.010

27.12 = Vou fazer mais uma grande viagem, de moto e sozinho. Meus preparativos começaram a 3 meses e meus pertences (mala) começaram a ser "organizados" a 5 dias.

       

Saí de Curitiba no dia 27.12.09, as 09:15 hs, após me despedir da Amira. Quero aqui render meus elogios e agradecimentos à Amira pelo desprendimento e confiança de me conceder mais um "alvará" rs para viajar tanto tempo.

   

Ao chegar no Posto do Parque Barigui para encher o tanque da moto, eis que também estava abastecendo o Irmão Hélio Saldanha que ia até Piraí do Sul. Assim nos fizemos companhia por uns 40 km, até São Luiz do Purunã onde seguimos por caminhos diferentes.

 

Cheguei em Palmeira e fui tomar um café com o Xixo (Pianowski) no Clima Hotel.

     

Segui até Irati onde encontrei os Irmãos Olmir e Sérgio, o amigo Sidney e o Rota X Jean Vidal.

     

 O Sérgio me convidou para almoçar na casa dele. Para quem ia comer um sanduíche na estrada acabei tendo um almoço de rei = Camarão. Além do sorvete ao final. Show.

   

Segui viagem e antes de chegar em Guarapuava a chuva caiu, e caiu feio. Eu me protegi num posto de gasolina e fiquei ali por uma hora e meia. Ao perguntar para os motoristas que chegavam daquela direção diziam que vários carros estavam parados no acostamento de tanta chuva, inclusive com enxurrada e lama atravessando a pista.

Ao chegar em Guarapuava liguei para o Bode do Asfalto Silvano que veio ao meu encontro com seu filho para batermos um papo descontraído. Tomamos um bom e quente café e rumei para Laranjeiras do Sul.

   

Liguei para o Irmão Alfredo que veio ao meu encontro e fomos até uma panificadora para mais um café e boa conversa com Irmãos.

 

O céu já estava relativamente limpo e em condições de pilotar sem capa de chuva. Por falar em capa de chuva ao tentar colocá-la descobri que estava com a da Amira, tamanho "P". hehehe. Só serviu a calça, a parte de cima nem tentei colocar. Amanhã ela vai mandar a  minha capa por Sedex para Santa Helena.

Cheguei em Cascavel as 22:15 hs, totalizando 540 km rodados. Encontrei meus Irmãos Lauro/Noeli e filhos e Maria Eliza numa Pizzaria onde ficamos até meia noite. Aí filei uma cama na casa de minha irmã.

 

Hoje tive umas 10 situações diferentes de clima durante a viagem. O tempo se alterava a todo instante como se quisesse dizer que ele estava no controle.

28.12  = Levantei cedo e após tomar o café da manhã com meu sobrinho Christian, fui até a Superintendência da Caixa onde reencontrei vários colegas e os Rota X Ézio, Minuk, Claudecir e o Nestor que ainda não se associou mas prometeu.

Depois fui na Unioeste onde me formei em 1981 no curso de Administração. Lá encontrei o Rota X Leonildo. Não tirei foto dos colegas. É que de manhã, muito cedo, eu não estou "muito acordado" e daí esqueci . . . .rs

Retornando passei na Securitá para encontrar o Bode do Asfalto e Coord. da Facção Cascavel, nosso Irmão Alencar Pomer com quem tomei um café e em seguida passei para visitar o Bode Sérgio Martini.

   

Continuando fui até a Caixa Praça do Migrante onde encontrei o Rota X Cláudio Eidt, recém transferido de Guaíra para Cascavel.

 

Seguindo caminho fui para Toledo. Passei por terras conhecidas a mais de 30 anos quando vinha de Toledo todas as noites para estudar em Cascavel. As terras continuam produtivas, com  a dádiva de Deus.

   

Em Toledo já encontrei os Bodes Carollo, Dilmar e seu/nosso Irmão de Concórdia - SC. Conversamos um bom tempo e quase fui convencido a ficar para uma janta no dia seguinte. Mas meu destino hoje era chegar até Santa Helena onde moram meus pais.

   

Essa estrada me traz muitas recordações dos 4 anos que morei em Toledo e fazia esse caminho, de terra, para ir à Santa Helena. Hoje, principalmente com o incentivo da Itaipu, tudo mudou, para melhor. De longe já se avista o lago de Itaipu com toda a sua majestade. A maior ponte construída sobre o lago convida para uma foto para registrar a calmaria de suas águas com o reflexo do sol que as ilumina.

           

Cheguei em Santa Helena e encontrei minha mãe, aos 80 anos, muito bem de saúde. Não abre mão de lavar suas roupas e isso é motivo para muita "discussão" dos filhos com ela.

           

Minhas irmãs Marly e Marlete me "arrastaram" para uma caminhada em volta da praia artificial de Itaipu.

Assim fiz meus primeiros 685 km de uma viagem que, se o tempo (chuva) ajudar, será a maior de todas.

 

02.01.10 = Me despedi de minha mãe e minha irmã para reiniciar minha grande viagem. Abasteci e passei no Almir e depois no sobrinho Neco. É impossível não demonstrar a alegria de realizar este projeto. Todos, ao saberem para onde estou indo, de moto e sozinho, ficam abismados.

       

Cheguei em Marechal Candido Rondon (60 km) e encontrei o Rota X Ilto Bendo que está se preparando para fazer uma viagem para a Colômbia e Venezuela. Encontrei também o Bode do Asfalto Luciano com o qual já combinamos alguns detalhes do 2º Abraçando o Paraná para julho/10.

     

Segui caminho por Guaira e ao chegar na ponte com o MS encontrei um engarrafamento de 10 Km, sob um sol forte, por causa do pessoal que estava indo fazer compras no Paraguay, em Salto Guairá. Almocei em Mundo Novo e segui para Itaquiraí onde o Bode do Asfalto José Rildo estava me aguardando. Ele está se recuperando de uma cirurgia que fez no joelho (foi jogar bola em vez de andar de moto né??? RS). A estrada não era muito boa e encontrei alguns avestruzes na beira da rodovia que me preocuparam. Se atravessassem a pista e eu matasse um deles ia ter carne para comer um mês inteiro . . . hehehe.

       

De Itaquiraí retornei um pouco para ir até Sete Quedas onde encontrei o Bode do Asfalto Erlon Daneluz que é Médico Veterinário. A cidade, segundo ele me contou, já teve uma população bem maior, na época da construção de Itaipu. Faz divisa seca com o Paraguay e fizemos questão de tirar uma foto, no Brasil, aparecendo ao fundo as Lojas do Paraguay, do outro lado da rua.

 

Retornei até Tacuru e fui para Amambai para visitar meu amigo, de 30 anos, Adair Boito e esposa Márcia. Eu, ele e o Aléscio dividimos um apartamento em Toledo em 1.980 quando morávamos em Toledo-PR e trabalhávamos na Caixa.

À noite fomos na pizzaria tomar minha caipirinha e colocar a conversa em dia, depois de muito tempo sem nos vermos.

   

Levantei cedo para o horário do MS, sem saber, podia ter ficado mais uma hora na cama....rs. Segui para Ponta Porã (95 km) com um céu límpido mas que menos de uma hora se alterou e armou uma trovoada. Eu escapei, por baixo dela. Só vi pelo retrovisor. Não encontrei Bode do Asfalto, nem PHD nem BrazilRiders em Ponta Porã. Acho que estavam todos dormindo. Também, quem mandou não avisar um dia antes??? As bandeiras do Brasil e do Paraguay marcam a divisa seca entre os dois países.

     

Segui para Dourados (120 km). Todos os rios que tenho passado estão caudalosos devido as chuvas quase que diárias que tem caído em todo o estado. Uma paradinha para tomar um refri, colocar os adesivos do ROTA X e BODES DO ASFALTO e continuar a viagem. Ao chegar encontrei os Bodes Sérgio/Aldenora  e Zacharias. A maioria dos Bodes tinham viajado neste feriado.

       

Cheguei em Maracaju (95 km) e fui recebido pelos Bodes Roberto e Bortolazo que chamaram o BrazilRiders Sandro Pozza e o jornalista Robertinho para o registro da passagem de um motociclista pela cidade.

     

Continuando cheguei em Sidrolândia (90 km) para ser recebido pelo Bode Hélio (Paraíba) que me levou para sua casa onde estavam vários amigos seus. Fez questão que eu posasse em sua casa. O casal Hélio/Jane tem uma linda história de 30 anos juntos.

   

Assim termina meu 4° dia de viagem, com 1.730 km percorridos dos quais 940 km nesses 2 últimos dias. Mato Grosso do Sul, verdes pastagens, verdes plantações de soja e verdes plantações de cana de açúcar.

   

04.01.10 = Continuando minha viagem, me despedi dos amigos Hélio/Jane e fui para Campo Grande-MS (90 km). Fui direto para o centro da cidade onde coloquei em dia um pouco dos e-mails recebidos. Depois fui para a casa dos Tios Cláudio e Rosana, ele é irmão de minha mãe e filho do segundo casamento de meu falecido avô Leonardo e apenas 2 anos mais velho que eu. Almocei com eles.

Após o almoço fui em algumas Agências e na Superintendência da Caixa Econômica visitar alguns colegas, sempre fazendo propaganda do ROTA X. Acredito que teremos novos associados em MS, em breve.

Passeei pelo Parque dos Poderes e depois fui ao encontro do Thiago (ROTA X) no Shopping. Conversamos bastante sobre o MC.  

       

Fui dormir no Hotel da Grande Loja Maçônica do Mato Grosso do Sul onde fui visitar os Irmãos e as instalações. Fui visitar também o Irmão Mafuci El Kadri, ex-Grão Mestre da Grande Loja pois ele tem o mesmo sobrenome da Amira.

           

A Amira me disse que o médico da mãe dela liberou-a como curada do câncer de pulmão, que foi detectado em maio/2009 quando o diagnóstico foi de que teria entre dois e quatro meses de vida, apenas. Graças ao remédio de "Avelós" que meu pai já fez para 5.540 pessoas nestes 12 anos após ele ter se curado de um câncer de próstata.

Fui, novamente almoçar com meus tios e primos para colocar a conversa em dia.

     

Fui na casa do Zenildo (Cigano) para bater um papo sobre o ROTA X em Campo Grande e agradecê-lo pela ajuda quando da conquista do prêmio de um dos 10 Moto Clubes mais queridos do Brasil, no 10° MOTOROAD em 2008 em Campo Grande.

   

À noite fui no aniversário da prima Roseni e aproveitei para rever os primos Marcos e Max, todos filhos da tia Malvina (irmã mais nova da minha mãe e filha do primeiro casamento de meu falecido avô Leonardo).

   

Mais tarde fui para um churrasco da Facção Campo Grande do Moto Clube Bodes do Asfalto, com a presença de Irmãos e Cunhadas. Muito agradável escutar as histórias das viagens e das festas dessa grande família Bodes do Asfalto.

     

06 = Reiniciei minha viagem. Ao passar por Rio Verde a paisagem mudou completamente, deixando as grandes plantações em terras planas para encontrar terreno um pouco acidentado e mata, embora de pouca altitude. Em Camapuã encontrei o Bode do Asfalto Angelo Massarotto. A cidade parece que vai pegar fogo, de tão quente. Andando de moto até que é suportável mas parar . . . . .é angustiante.

Eu ainda não cheguei lá, mas parece que estou no caminho certo . . . .rs

 

         

Ao chegar em São Gabriel do Oeste encontrei-me com os Bodes Angelino e Sdeobel, recém ingressados no Moto Clube. Em seguida encontrei-me com o BrazilRiders Sidinei Scotton.

     

Resistindo ao calor fui parar em Coxim onde ingeri um litro de Coca Cola. Em seguida chegaram os Bodes Douglas e Valdenir e os BrazilRiders Roberto e Patrick, filho do Peninha. Depois de muito bate papo acabei indo tomar um banho de piscina na casa do Peninha e depois fomos para uma pizzaria com sua família. Depois ele ainda foi me mostrar a cidade até a beira do Rio Coxim.

         

Fiz apenas 365 Km, totalizando 2.125 km na viagem, até agora.

07.01.10 = Levantei com calma e após o café da manhã parti para estrada em direção à Rondonópolis (250 km). Ao ligar dizendo que ia naquela direção falaram que ia pegar muita chuva, Felizmente não peguei uma gota d'água. Se eu for parar para tirar foto de cada paisagem linda e interessante que encontro no caminho não chegarei em meu destino. . . ..rs

       

Logo após Sonora encontrei um lago, muito raro por aqui, e a divisa dos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

     

Chegando em Rondonópolis já encontrei com o Bode do Asfalto Djalma que me levou para um restaurante onde apareceram os Bodes Nilson, Paulo e Silvério além do BrazilRiders e Conselheiro do MT, amigo Braga.

         

Olha só um dos telefones daqui.

 

Meu irmão Luciano vive falando mal da sogra dele. Aqui está a prova de que ela é uma "santa" hehehe quero ver ele reclamar agora.....rs

 

Acho que meu irmão Nino, Bode do Asfalto de Curitiba, anda fazendo alguns investimentos aqui no Mato Grosso . . . .

   

Apareceram as Chapadas.

   

Continuando para Cuiabá, no caminho encontrei uma serra com o trânsito totalmente parado o que me causou um susto ao virar uma curva e encontrar aqueles caminhões parados. Chegando em Cuiabá telefonei para o ROTA X Dogue que preferiu vir me encontrar no Restaurante Sinuelo enquanto eu bebia mais um litro de refrigerante. . .rs. Ele foi no 1° Encontro Nacional do ROTA X que realizamos em maio/2007 em Curitiba e ganhou o Troféu de Motociclista mais distante presente. Agora vim retribuir a visita.

   

Seguimos para o centro de Cuiabá e ele me contava detalhes da cidade em cada parada de semáforo o que me fazia esquecer, um pouco, o calor que estava sentindo com aquela roupa preta e o motor da Harley soltando calor em minhas pernas.

Fomos até o endereço do Bode Jorge Abech, que estava monitorando minha viagem desde a partida, e dali fomos no Barzinho Azeitona para beber mais um pouco. Desta vez tomei chopp, o que é muito raro de acontecer. hehehe

     

À noite tive o prazer de jantar com mais um casal de amigos do Abech/Denise. O prato preparado por ela foi um delicioso peixe da região, chamado Pacu. Esta é a bonita visão de Cuiabá da sacada do apartamento do Abech e Denise.

   

De manhã fomos até a Loja de Revenda de Veículos do Abech onde encontrei o PHD Juarez (não levei máquina para tirar foto). Ele e alguns amigos vão fazer uma grande viagem para o Chile e Argentina no próximo mês de março. Me convidou mas . . . .acho que não terei outro alvará da Amira para tão cedo . . . . rs

Depois fomos encontrar os Bodes Marcos Maymone e Paulo de Toledo, que é sogro do Marcos e um grande PHD.

       

Voltamos para almoçar e . . . .me convenceram a ficar para só viajar amanhã. Como a próxima cidade com Bode do Asfalto fica a 460 km, concordei que não daria tempo, com segurança, para fazer só na parte da tarde.

À noite o Abech me levou para fazer um City Tour pelas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.

   

E assim, com 480 km percorridos nesses dois dias e 2.600 desde o início, encerro o nono dia de viagem FELIZ por poder conhecer e rever tantos amigos e parentes.

 

Estou lendo e salvando todos os e-mails que recebo de vocês. Só não estou respondendo por dificuldades de conexão e falta de tempo. Obrigado à todos pelos pensamentos positivos e pela força que estão me dando.

09.01.10 = Saí de Cuiabá com chuva. As estradas tem muitos buracos e muito movimento de caminhões. Mas também tem muitas paisagens lindas como as montanhas ao longe como a acompanhar minha viagem.

               

Cheguei em Cáceres e fui para o centro da cidade. Pensei em fazer uma visita aos colegas da Caixa para ver se alguém é motociclista mas . . . .esqueci que era sábado. rs. Tentei almoçar mas a quantidade de pernilongos à beira do Rio Paraguai era tanta que desisti e segui viagem.

         

Armou-se uma tempestade que, apesar de estar preparado, achei melhor esperar a chuva passar. Escolhi uma boa cobertura para estacionar a moto abrigada da chuva e deixei a capa, capacete, jaqueta etc sobre a moto e fui almoçar tranqüilo enquanto derramava água. Eis que descobri que a cobertura não impedia a água de passar pelo tecido da cobertura, era apenas proteção do sol. Então. . . .molhou tudo.

     

Cheguei em Pontes e Lacerda (455 km) e liguei para o Bode do Asfalto Luiz Pires que em minutos apareceu no hotel onde me hospedei. À noite saímos para jantar e conheci sua esposa e suas duas filhas.

         

10.01.10 = Me programei para levantar as 07:00 hs mas vi que estava chuviscando e achei melhor esperar uns minutos que . . . . não sei porque, só acordei novamente as 08:30 hs. Telefonei para o Totto do BrazilRiders em Vilhena avisando que passaria por lá e ele me convidou para almoçar. Eu disse que não daria tempo pois seriam 315 km mas como ele disse que estava assando um carneiro . . . .cheguei a tempo sim . . .hehehe  é que, na verdade, como tinha mais uma hora de diferença, foi fácil chegar bem na hora do almoço.

Conversando com seu pai, descobri que eles são de Verê-PR e que temos um grande amigo em comum, o médico Pedro Jacob Wisniewski. Aliás, amigos em comum tenho encontrado muitos. A maioria tem alguma ligação com Curitiba, com o Paraná ou Santa Catarina ou Rio Grande do Sul.

Já estou em Rondônia.

     

Após o almoço fui para Rolim de Moura (250 km). Chegando em Pimenta Bueno entrei para a esquerda e encontrei a melhor rodovia da viagem, até agora. Chegando lá encontrei o Bode do Asfalto Roberto Campos que me levou para conhecer sua família e depois para conhecer o BrazilRiders "Andarilho".

           

Calculei mal a minha saída de Rolim de Moura, achando que daria tempo de chegar até Ji Paraná (100 km), mas não deu. Era pouco mais de 18:15 hs quando escureceu em poucos minutos. Além disso, uma tempestade formou-se e derramou água. A estrada estava cheia de buracos e eu não conseguia enxergá-los devido a chuva que os cobria e as luzes dos carros que vinham de frente. Entrei em 3 buracos ao longo dos 40 km percorridos que me davam um "coice" no guidão que quase perdia o controle. O pneu traseiro parecia que ia estourar tamanho eram os impactos. Não tinha como prever, enxergar, onde estavam os buracos. Preciso ver se não trincou alguma coisa e se não danificou os pneus.

Cai fora do asfalto num acostamento irregular, mais baixo que o asfalto e cheio de poças de água. Nem sei como consegui retornar à pista. Também tinham os caminhões que vinham por trás de mim que me deixavam "apavorado". Acho que foi a pior situação que já enfrentei em minha vida de motociclista. Nem preciso dizer que rezei, rezei mesmo, e muito.

Minha viseira embaçou, levantei-a e fiquei só com o óculos. Daí as gotas da chuva ficavam paradas no óculos impedindo a visão, então abaixei o óculos e fiquei olhando por cima dele (sem óculos) mas a chuva e até a água suja que os caminhões jogavam contra mim atingiam meus olhos.

Ligava a luz de emergência mas não adiantava. Pensei em desistir da viagem e isso me fez chorar. Via pequenas luzes e tinha esperança de que fossem de lanchonetes, restaurantes ou hotéis na beira da estrada. Mas não, eram de pequenas casas distantes 100, 200 metros do asfalto mas com caminho de barro para chegar até lá. E não havia acostamento possível de deixar a moto para ir falar com os moradores. Assim eu continuava me trajeto, desesperado e pedindo à Deus que me ajudasse.

Finalmente cheguei numa cidade chamada Presidente Médice as 20:30 hs e encontrei um hotel para me hospedar e me acalmar. Agradeço à Deus por estar são e salvo.

Hoje percorri 680 km, dos quais 400 km com chuva. Total de 3.750 km.

 

Obrigado à todos que mandaram suas mensagens de preocupação/apoio e incentivo. Seus pensamentos positivos fazem a diferença. Sabemos que Deus ouve o pedido de seus filhos e o Universo conspira para realizar aquilo que desejamos.

11.01.10 = Levantei mais tarde, depois do susto de ontem. Estou bem preocupado. Saí de Presidente Médice as 11:30 hs e fui até Ji Paraná onde encontrei meu primo Gervásio, filho da tia Vica (falecida), irmã do meu pai (ele disse que lembra de mim quando éramos crianças mas eu não lembrava de tê-lo conhecido). Eles vieram de SC para Ji Paraná em 1.969. Conversamos um pouco já que ele estava de saída para o PR e SC.

 

Conversei também com o Bode do Asfalto Gilberto, que é amigo do Gervásio e que veio me encontrar já na saída da cidade.

 

Ao passar em Jaru, já com medo de anoitecer, ia ligar para os Bodes do Asfalto dali para dizer que os encontraria só na volta da viagem mas eles se anteciparam e estavam chegando no Posto de Gasolina de onde eu ia ligar. Foi bom que assim a chuva passou e conheci os Bodes Edson, Marcos e Ravaídes.

 

Cheguei em Ariquemes-RO as 18:30 hs e minha irmã Marina já estava me esperando na frente do Hotel que ela mesmo reservou para mim. Em seguida chegaram os integrantes do BrazilRiders e dos MCs Andarilho´s Amazônia e BR 364 Mamute, Agostinho, Russo, Pimpão, Tenório.

       

Apos um bom banho eu e a Marina saímos para um lanche e para conversar já que a distância sempre foi um dificultador. Passeamos pela cidade que mudou muito desde 1.987 quando aqui estive, muito rapidamente, visitando ela.

 

12 = Levantei e após o café da manhã os integrantes do Andarilho´s e BR 364 já estavam prontos para me levar até um mecânico para olhar a moto e verificar se não houve dano naquele incidente do dia 10. Felizmente tudo ok. Passeamos um pouco pela cidade e depois fui na Caixa onde conheci um colega que tem moto e vai pensar em aderia ao ROTA X Moto Clube. Ele e outra colega conhecem a Marina. Depois fui num CTG Tio Marquinhos que o Catarina (Eloir) me levou. Lugar muito bonito.

     

Voltei para o almoço com minha irmã e mais conversa sobre nossa infância . . . .hehehe Depois fui até o Banco da Amazônia onde ela trabalha, conhecer seus colegas. Aqui os Bancos abrem as 08:00 hs da madrugada . . . .eu não conseguiria trabalhar aqui . . .rs  e fecham as 13:00 hs para o público.

 

À tarde saí com o pessoal dos MCs citados para tomar um Tererê (é assim que escreve???) e depois fomos colocar os adesivos do ROTA X e BODES DO ASFALTO no Bar de encontro dos MCs de Ariquemes.

     

Mais à noite eu e minha irmã fomos comer um dourado que estava delicioso.

 

Ao retornar para o Hotel encontrei o Irmão Luiz Carlos Claudiano, lá de Curitiba, que está trabalhando em Porto Velho mas hoje estava retornando para Curitiba. Conversamos bastante sobre a Loja Renascer da qual ele também foi um dos fundadores.

 

13 = Eu e o amigo e conterrâneo Eloir (Catarina) do Andarilho´s saímos as 08:00 hs com destino à Porto Velho (205 km) parando em alguns lugares para fotos.

     

Chegamos em Porto Velho direto no Posto do Bode Deivison. Em seguida chegaram os Bodes Cavalcante e Sandro Cleverson. Falamos sobre a perspectiva de fundar uma Facção do MC em Porto Velho.

 

Em seguida rumamos para o "Assados na Brasa" indicado pelo Irmão Fernão, mais um dos fundadores da Loja Renascer em Curitiba e que agora mora em Porto Velho. Enquanto o esperávamos a Cacilda (gentil garçonete) disse que todo motociclista que tenha feito mais de 1.000 km tem direito a uma massagem. Os outros ficaram com ciúmes. . . .rs

 

Começou a aparecer motociclista de todos os lados. O Mário Leme é amigo do Fernão. O Roberto de Rolim de Moura (passei lá) viu minha moto e veio nos cumprimentar. O Gauchinho (PHD) veio nos dar um abraço. O Jorge Daher chegou de Rio Branco e almoçou conosco.

           

Fui conhecer o Shopping de Porto Velho. Bonito e agradável. Comi uma bela "Paella". Verifiquei que a fila da pipoca era maior que a de comprar ingresso para o cinema......rs

           

O Gauchinho me telefonou dizendo que ia me pegar no Shopping (eu estava de táxi) para mostrar um pedaço da cidade. Disse que viria numa camioneta e que eu esperasse na frente do Shopping. Eis que aparece uma camioneta e para. Eu simplesmente abro a porta e entro. Só que nunca tinha visto o motorista na minha vida, muito menos sua esposa com neném no colo no banco traseiro. Ficamos nos olhando e começamos a rir. Pedi desculpas, desci da camioneta e ele foi embora. Não deu 1 minuto estacionou o Gauchinho mas aí tive a precaução de olhar bem antes de entrar . . . .hehehe.

Bom, ele andou quase toda a cidade me mostrando e contando detalhes da história de Porto Velho e do progresso que está experimentando com a construção de duas hidroelétricas no Rio Madeira. Muito interessante. Depois fomos num barzinho beber e comer.

Quando voltei ao hotel chegaram os BrazilRiders Papa Léguas e Digital para se despedirem, já que amanhã vou continuar minha viagem. Gente boa esse povo.

     

Total de 4.200 km até aqui.

 

Todo dia encontro alguém com vínculos no PR ou SC ou RS. Já tive 3 situações de telefonar para um motociclista de minha relação na cidade que estou passando e ele dizer que está em Curitiba ou outra cidade do Paraná.  Muitos nasceram nesses estados, ou tem parentes, ou tem filhos estudando por lá. Espero que me visitem quando forem novamente . . . .e eu estiver lá, claro. rs

14.01.10 = Levantei cedo, vi que estava garoando e coloquei a roupa de chuva para enfrentar os 505 km que separam Porto Velho-RO de Rio Branco-AC. Logo em seguida a chuva parou e fiz a viagem toda sem problemas. Algumas paradas para fotos e para lanchar. Encontrei um rio que me lembrou do Paraná.

         

Cheguei na balsa para cruzar o famoso Rio Madeira e tivemos que esperar passar um caminhão tanque com combustível. Ninguém passa junto com eles, é proibido, devido ao risco. Assim como os outros rios, o Madeira estava caudaloso e, para justificar seu nome, muita madeira descia suas águas devido a cheia provocada pelas chuvas que caem constantemente nessa época do ano.

           

Por toda a viagem vou "marcando o território" com os adesivos do Rota X e Bodes do Asfalto em postos de gasolina, lanchonetes, hotéis etc, mas foi a primeira vez que colei numa balsa de rio.

     

Essa ponta de terra que aparece é a Bolívia e sua bandeira está fixada para marcar o território.

   

Mais umas paradinhas, afinal são 500 km para percorrer com poucas vilas no trajeto. Em seguida chego na divisa de Estado e recebo as boas vindas ao Acre.

         

Ao chegar no trevo de Rio Branco / Presidente Mainard lá estava me esperando o meu Irmão, Bode do Asfalto e Conselheiro do BrazilRiders no Acre, Paulo Navarro. Ele me levou até um posto de gasolina para deixar a moto e fomos para sua casa numa bela chácara. Descobri que ele é amigo do Sidney Pinto em Curitiba e que a mais de 20 anos não se conversam. Fiz uma ligação e coloquei eles para conversar.

Depois de um pequeno descanso Paulo e Arlete foram mostrar Rio Branco que, apesar da chuva que começou a cair, deu para ter uma idéia de sua beleza e de sua organização/preocupação com a restauração e manutenção de sua história.

           

À tarde fomos visitar os Bodes do Asfalto Luiz e Luizinho (pai e filho) e depois fomos para uma pizzaria onde tivemos a companhia de meu amigo e colega de trabalho em Curitiba na Agência Vila Hauer em 96, Alberto Santana e sua esposa que agora moram aqui em Rio Branco. Foi muito bom revê-lo depois de tanto tempo. Chovia, aliás, derramava água do lado de fora . . .rs

     

Combinamos de ir para Xapuri, Brasiléia e Cobija-Bolívia. Íamos de moto mas amanheceu chovendo, derramando água. Então decidimos ir de carro.  Chegamos em Xapuri e fomos encontrar/conhecer os Bodes do Asfalto Talles e João Lopes (pai e filho) que tem uma Pousada na cidade. Eles conservam muitas recordações como fotos de Chico Mendes (que era da cidade) e objetos antigos. 

         

Vimos a mais antiga Loja Maçônica do Acre, a Bandeirantes do Acre fundada em 1.906.

   

Cruzamos a fronteira para Cobija-Bolívia. A cidade é como era Presidente Strossner no Paraguai (Foz do Iguaçu) a 25 anos atrás. Muito comércio, algumas estátuas/monumentos. O problema é que era hora de almoço deles, umas 3 horas de almoço, e o comércio fica fechado hehehe.

               

Lá os motociclistas não podem usar capacete.

      

Passamos a ponte inaugurada em 2004 com a presença dos Presidentes do Brasil, Bolívia e Peru e retornamos para Presidente Mainard onde pegamos e moto do Paulo Navarro e colocamos junto com a minha no posto de gasolina para a saída na manhã seguinte.

           

Uma história muito interessante: O Paulo ficou viúvo e a Arlete havia se divorciado. Se conheceram e resolveram morar juntos. Até aí tudo bem . . . se não fosse o fato de que eles se conheceram depois que o filho dela já namorava a filha dele e . . . .agora estão casados. Linda história, lindo e simpático casal que fizeram de tudo para que eu me sentisse em casa . . . . .e foi assim que me senti no ponto mais distante de minha viagem.

Chegar aqui representou para mim vencer um desafio pessoal. Viajar 4.750 km sozinho, por estradas muito movimentadas e perigosas, com longas distâncias entre uma cidade e outra foi uma grande prova. Deus esteve comigo o tempo todo. Agradeço-o pedindo para que me acompanhe na viagem de volta ao encontro da minha namorada Amira, das minhas filhas Patrícia e Leilane com meus netos Laura (3,5 anos) e Arthur (9 meses), de meus parentes e amigos no Paraná.

Obrigado à todos que acompanharam minha viagem até aqui e OBRIGADO à todos os irmãos e amigos do MS, MT, RO e AC que conheci e com quem partilhei a alegria desta viagem. Vocês são pessoas maravilhosas, generosas e hospitaleiras. Se aceitasse todos os convites para "ficar mais um pouco" não voltaria para Curitiba este ano . . . rs.

Final da viagem. Amanhã começa o retorno com mais uns 4.500 km de volta até Curitiba.

Fiz um vídeo com um depoimento sobre esse momento. Assista-o  A Q U I

Obrigado à todos que me enviaram mensagens parabenizando pela chegada ao destino final e desejando feliz regresso para Curitiba.

Se fosse direto à Curitiba daria 3.680 km mas como vou fazer algumas curvas . . .rs deve dar mais 4.500 km até lá.

 

16.01.10 = Nem acredito que levantei as 05:30 hs da madrugada. Vejam a foto da chácara do Paulo Navarro que tirei as 06:00 hs quando estávamos saindo. Aliás, outra noite super agradável para se dormir. Uma dó que foi pouco . . .hehehe

   

Hora de arrumar as coisas nas motos, amarrando tudo para não cair com o vento e com os solavancos dos buracos na pista. Inacreditável que tenha neblina por aqui. Dizem que é normal. E eu que pensei que isso era coisa só de Curitiba hahaha. Acabamos saindo as 07:15 hs.

     

Paradinhas para café, almoço e banheiro afinal são 505 km a serem percorridos.

     

Chegamos na balsa sobre o Rio Madeira atrasados em 10 minutos. Teríamos chegado antes desse caminhão tanque que passa sozinho. Tivemos que esperar a outra balsa chegar aí perdemos uns 40 minutos. Devido a isso pegamos chuva logo em seguida a balsa. Foram uns 100 km de água. Tivemos que parar num restaurante de tanta chuva que caia do céu. Aproveitamos para almoçar.

     

Depois dizem que é a Harrrrrrrrrrrrrrrrrley que cai parafuso, que derrama óleo que . . . . vejam dois flagrantes de motos com problemas . . . .e não eram Harrrrrrrrrrrrrrrley....rs

     

Chegamos em Porto Velho as 16:30 hs. Como havíamos combinado por telefone, lá estavam vários Irmãos Bodes do Asfalto e outros motociclistas da cidade para a fundação da Facção Porto Velho do Moto Clube Bodes do Asfalto. Foram eleitos Cavalcante = Coordenador, Sandro Cleverson = Adjunto e Deivisson Russi = Secretário. Todos estavam contentes com a criação para poderem se encontrar e passear mais com os motociclistas. Aproveitaram para se colocar à disposição de todos os Bodes que passarem por Porto Velho.

               

Fui convidado para dormir na casa do Bode Deivisson que preparou uma bela picanha para saborearmos. O Irmão Cavalcante e alguns Irmãos compareceram para saborear o jantar.

    

17 = Acordei com chuva e esperei um pouco para sair para ver se a chuva diminuía. Mas como não parou, coloquei todos os apetrechos para chuva e me larguei para Ariquemes para chegar a tempo de almoçar com minha irmã Marina. Depois de 20 km as nuvens sumiram e peguei tempo bom nos próximos 180 km. Fomos almoçar numa churrascaria e depois passamos a tarde e parte da noite conversando. Acho que neste dia e na segunda-feira passada eu e a Marina falamos mais que nos últimos 25 anos juntos. É que foram poucas as vezes que nos encontramos e por telefone a conversa sempre é curta.

           

Tem uma árvore aqui que é modelada de acordo com o interesse das pessoas. Ela proporciona uma bela sombra e parece que não cai folhas.

   

Pra variar a Marina alugou, novamente, uma suíte de um dos melhores hotéis de Ariquemes para eu ficar. Foi o melhor hotel que me hospedei nesta viagem. Obrigado Marina. Foi muito bom ter vindo te ver e conversar tantas coisas de nossa infância e de nossa vida atual. Beijos e obrigado. Seu irmão Luiz.

   

18 = Olha só as distâncias que sempre aparecem nas placas . . . é de 1.000 km pra cima . . . .rs

       

Ao chegar em Ji Paraná conheci os primos Cida e seu marido e o Paulinho que gosta de curtir a vida num Motor Home (está à venda). Eles são irmãos do Gervásio que conheci na semana passada e são filhos da tia Vica (já falecida) irmã de meu pai.

         

Hoje passei no mesmo trajeto daquela noite terrível. Até que a estrada não é das piores que já enfrentei nesta viagem. Acontece que hoje, de dia, eu tinha a opção de desviar dos buracos que estava vendo e naquela noite escura e chuvosa não tinha opção. Pilotava às cegas e acabava caindo em buracos como este quando não em dois ou tres "acompanhados" como dizem por aqui quando tem uma sucessão de buracos encostados um no outro. A vida também é assim, com altos e baixos.

   

Chegando em Cacoal encontrei o Jeferson que me levou até o Hotel. À noite fiz contato com a cunhada Rosa, esposa de nosso falecido irmão, e Bode do Asfalto, Narciso Oliveira que morreu em Curitiba dia 23.12 próximo passado, vítima de câncer.

 

Assim termina meu 19° dia de viagem, com 5.750 km rodados.

A moto chegou aos 35.000 km e assim superou meu carro (2007) que tem um ano mais de uso que ela (2008). Ela está enfrentando os desafios e as longas distâncias mas o pneu traseiro já mostra sinais de desgaste. Espero que dure até Curitiba. Estou pilotando a 120 km/h durante toda a viagem (exceção ao perímetro urbano e dias de chuva). Acho que a moto não vai fazer os 18 km/litro que tem condições de fazer a uma velocidade constante de 100 km/h.

   

 

19.01.10 = Meu 20° dia de viagem, agora já retornando para Curitiba depois de ter ido até Rio Branco-AC.

É muito comum encontrar, no acostamento de toda a rodovia, pedaços de pneus de caminhão. Também encontro, constantemente, animais mortos. No Acre vi um porco enorme, morto ao lado da rodovia. Isso é um perigo para carros, caminhões e mais ainda para motos.

       

Saí de Cacoal e ao chegar em Vilhena (225 km) tentei contato com alguns motociclistas mas não foi possível achá-los. Assim, continuei a viagem até Pontes e Lacerda (315 km). O Bode Luiz Pires veio ao meu encontro para continuarmos a conversa da semana anterior.

Lindas paisagens por centenas de quilômetros.

         

Continuando saí em direção à Cáceres onde tentei outros contatos mas também não encontrei o povo. Parece que estão todos de férias, só eu que . . . hehehehe

Me perguntei o que um caminhão tão grande do Sedex está fazendo por estas bandas? rs

 

Aqui a chuva não se anuncia, ela simplesmente "desce do céu" e pronto.

       

Do MS para MT, RO e AC tem uma rodovia só, praticamente. Estava pensando sobre a imensidão de terra com plantações, pastagens ou matas que há para a direita e para a esquerda desses 3.000 km que estou passando. Incrível, não?

Reaparecem as montanhas, acho que é a seqüência da Chapada dos Guimarães.

       

Algumas vezes levo sorte de estar aberto a pista que estou indo mas outras vezes tenho que esperar. De qualquer forma, é bom ver que estão consertando a rodovia, tapando seus buracos que ressurgem continuamente em virtude da grande quantidade de chuva aliada ao grande movimento de caminhões pesados.

 

Cheguei aos 6.000 km nesta viagem.

Eu não falei que aqui tudo é longe? Vejam as placas otimistas  . . . .

   

Quantos caminhões, com todos os tipos de cargas, viajam por estas estradas. Ultrapasso ou vem de encontro centenas de caminhões por dia. Isso só nesta rodovia, no horário que eu estou passando. Imaginemos a quantidade de caminhoneiros estão rodando todos os dias por este Brasil a fora.

Numa das paradas encontrei esses Paranaenses de Ivaiporã.

 

Conferi o gado, vi que estavam todos ali e continuei a viagem . . . .hehehe

 

Cheguei em Várzea Grande e fui na Caixa ao encontro dos 2 Rota X, Fernando e Givanildo com quem conversamos sobre aumentar o numero de associados em Mato Grosso.

 

À noite saí com os Bodes Madruga, Élvio, Célio e seu filho para comermos um peixe gostoso: Matrinchan (assim que escreve?). 

       

Fui dormir no "Asilo Santa Cruz" hehehe, a casa do Élvio Schelle, Coord. dos Bodes em Cuiabá.

Levantamos e fomos trocar o óleo da moto na AlfreCar do Bode do Asfalto Alfredo. Atendimento VIP.

       

Era para ir à Sorriso mas descobri que o Bode Hetzel, Coordenador estava em Cuiabá e veio ao nosso encontro e o Bode Clóvis viria amanhã para Cuiabá então, somado ao fato de que tem 7 km de estrada de chão devido aos desvios das obras que estão fazendo, me fizeram desistir de ir. Além disso fui acometido de LER (Lesão por Esforço Repetitivo) sabe porque? De tanto pilotar . . . pode isso??? rs.

Então, já que estávamos na rua, o Élvio e o Célio me levaram para conhecer a Chapada dos Guimarães. Muito, muito bonito. E o clima é totalmente diferente de Cuiabá já que está a mais de 600 metros de altura em relação a Capital.

           

Aproveitamos e fomos almoçar num restaurante à beira do penhasco. Depois fomos dar uma volta na cidade de Chapada dos Guimarães.

                   

Ao retornar para Cuiabá fomos até a Universidade do Mato Grosso conhecer o Bode Amaury Gonzaga e à noite fomos jantar fora.

   

Assim termina meu 22° dia de viagem, agora com 6.700 km rodados.

Continuo feliz e agradecido à Deus pela oportunidade de encontrar e conhecer tantos amigos por estas terras que "pareciam" ser tão distantes e agora tornaram-se tão próximas.

 

Como esse povo tem disposição e enfrenta desafios. É muito comum eles terem que ir para Curitiba, São Paulo etc para comprar bens que não estão disponíveis nessa região ou para usufruir de praias em Caiobá, Camboriú, Praia Grande etc.

22.01.10 = Levantei mais tarde já que não tinha programação de viajar hoje pois fui intimado para ficar para ajudar a degustar um cabrito que tinha morrido "acidentalmente". Ao descer já encontrei o Bode Alfredo consertando uma Shadow (e depois é a Harrrrrrrrrrrrrrrrrrrrley que estraga, né?). rs

     

O Bode Élvio me levou até o centro onde fui visitar o colega Éber no jurídico da Caixa que tem uma bela moto e ainda não é associado do ROTA X.

     

Passeei pelo centro da cidade visitando a Praça Central com sua grande árvore, a Catedral para agradecer tudo de bom que está acontecendo e o Museu Histórico para aprender um pouco sobre Cuiabá e o Mato Grosso.

               

Descobri onde a minha namorada Amira Kadri anda investindo seu dinheiro . . . . .rs

 

Fui até a Superintendência da Caixa para rever a colega Sueli que trabalha na mesma área de Marketing que eu trabalhava e também encontrar o colega Celso Proença que tem uma moto e convidá-lo a entrar no ROTA X.

     

O Governo do Estado do Mato Grosso comprou muitas máquinas e equipamentos para o Estado mas, pelo que parece, está demorando para entregar aos municípios que precisam dos caminhões, tratores etc.

     

Fui conhecer o Shopping Pantanal onde assisti o filme "Avatar". Muito interessante. Vale a pena.

       

Retornando para o Asilo Santa Cruz começaram a chegar vários Bodes do Asfalto e Cunhadas para a confraternização e saborear o dito cabrito (ou seria carneiro?) que "suicidou-se" hehehe.

         

Muitas histórias, muita conversa sobre motos, sobre os Bodes do Asfalto e ouvimos a apresentação musical de nosso sobrinho.

         

Não parece o "Zorro" ???

 

O trio "Parada Dura"  Madruga, Alfredo e Élvio.

 

23 = Levantamos, tomamos um café e o Madruga, Alfredo e Élvio resolveram me levar até Campo Verde (130 km), acho que para terem certeza de que eu ia embora mesmo. . . . .rs

   

Chegamos em Chapada dos Guimarães e fomos ver o marco do Centro Geodésico da América do Sul. Pegamos chuva e estava relativamente frio.

     

Seguindo para Campo Verde o Bode "Pezão" veio ao nosso encontro enquanto tomávamos um café quente para aquecer, em pleno mês de janeiro no Mato Grosso.....rs. Me despedi de todos e rumei para Primavera do Leste (105 km) enquanto eles ficavam no posto esperando, segundo eles, para terem certeza de que eu ia embora mesmo . . . .hehehe.

     

Veja esse vídeo da despedida dos Bodes:  A Q U I

Peguei uma chuva pesada no meio do caminho e em seguida tempo bom. Chegando em Primavera do Leste encontrei o BrazilRiders Damasceno que, junto com o Valmir, passou por Curitiba em Outubro/09 quando de sua Expedição Primavera quando visitaram todas as Capitais Brasileiras. Comemos uma gostosa feijoada com seu tio e primo e depois fomos conhecer a cidade que me impressionou pela organização, limpeza e planejamento urbanístico além das belas casas construídas.

 

Segui viajem para Rondonópolis (125 km) passando por Poxoréu. O estradinha ruim . . . . .mas com belas paisagens de morros/montanhas e planícies.

             

Ao chegar fui encontrar o meu amigo de quase 30 anos, Sérgio Pizzatto. Trabalhamos juntos na Caixa em Toledo em 1982. À noite fomos comer um peixe junto com o seu amigo e vizinho Nelson e o BrazilRiders e Bode do Asfalto Djalma. Logo chegou o Valmir do BrazilRiders que fez a viagem junto com o Damasceno que encontrei em Primavera do Leste.

      

Eu e o Sérgio colocamos em dia a conversa relembrando muitas histórias daqueles "velhos tempos".

24 = Levantei e fui visitar uma bela obra realizada por diversas pessoas da empresa Maggi onde trabalha o Sérgio. Trata-se de um Centro de Treinamento para crianças carentes de Rondonópolis que mantém mais de 800 crianças. Muito louvável o trabalho que realizam.

             

O Nelson nos convidou para almoçar em seu apartamento já que quem ia assar a carne era o filho Bruno . . .rs. Contou as viagens que tem feito de moto no exterior e mostrou algumas fotos. Me despedi de todos e segui para Coxim (256 km) onde cheguei após despistar de umas 8 pancadas de chuva e só pegar a metade de uma delas.

           

Chegando fui direto à casa do Bode Peninha onde já havia ficado no início de minha viagem. À noite fomos, junto com seu filho Patrick, comer uma picanha com amendoim e banana assada . . . .feita por um japonês . . . .rs.

   

Assim termina meu 24° dia de viagem, completando 7.600 km.

 

A sensação de que a viagem está chegando ao fim não é muito boa. Por um lado a saudade dos que me esperam em Curitiba mas por outro lado a pausa nesse desafio diário de novos horizontes.

25.01.10 = Após tomar o café da manhã e tirar umas fotos com o Bode do Asfalto "Peninha", saí com destino à Campo Grande.

     

Vejam o nível das águas dos rios por aqui. E continuam todos caudalosos.

 

Em Rio Verde me sugeriram entrar pela cidade e conhecer as "Sete Quedas". Tem algumas Pousadas e seria interessante passar uns dias ali, junto a natureza.

       

Encontrei várias fazendas (?) de criação de Avestruz. Esta tem um marketing interessante ao longo da rodovia.

 

Parei em São Gabriel do Oeste mas não encontrei os Bodes que vi no início da viagem. Almocei e esperei quase uma hora para escapar de uma chuva "das boas". rs

Vejam as plantações que aprecio por centenas de quilômetros. Estas fotos são só à minha direita.

 

Vejam o vídeo que fiz:  A Q U I

Cheguei em Campo Grande e fui visitar minha tia Malvina, irmã de minha mãe, que eu não tinha visto quando passei por aqui pois ela estava viajando. Tomei um gostoso café da tarde daqueles que minha mãe sempre faz. Coisas de alemães. Meu tio Cláudio também apareceu e passamos um bom tempo conversando.

       

Fui dormir no Solar do III Milênio da Grande Loja do Mato Grosso do Sul.

Após o café da manhã o Irmão Ademir, da Revista Consciência ( www.revistaconsciencia.com.br ) , me levou para conhecer diversas Lojas Maçônicas,Irmãos e pontos turísticos de Campo Grande. Almoçamos no Bom Churrasco do Irmão Luiz Carlos e depois retornei para o Solar. Deu uma tromba d´água que formava um rio pelas ruas da cidade.

                             

Encontrei mais alguns investimentos de minha namorada Amira Kadri, agora aqui em Campo Grande . . . .rs

   

Mais tarde peguei um táxi e fui para o Shopping assistir o filme "Amor sem escalas". Passeei um pouco e retornei para fazer as malas para amanhã cedo ir até Três Lagoas (340 km). Espero que não esteja chovendo.

   

  E não estava chovendo mesmo. O céu estava limpinho . . . .por enquanto. O Irmão Ademir veio se despedir de manhã e tiramos fotos.  

   

A rodovia, até Água Clara (180 km) estava uma maravilha. Nestas condições tive segurança para filmar alguns trechos da viagem, pilotando com uma mão. Me acompanhe na viagem por uns minutos  A Q U I

Parei num restaurante de Posto de Gasolina que me foi indicado (a carne de panela estava ótima). Vi que estava caindo chuva para os lados que eu ia. Como não tinha pressa, aguardei uma hora e meia assistindo o jornal, vídeo show e até o começo de uma novela. . . .rs

     

Continuei viagem mas quando ia chegando em Três Lagoas, no Posto da Polícia Rodoviária Federal, encontrei um motociclista de Chapada dos Guimarães. Paramos e conversamos um pouco, descobrindo que conhecemos muitos motociclistas em comum. Eles estavam indo para Assunción-PY.

 

Resolvi ficar na PRF até a nova pancada de chuva passar e eis que sai o policial Clayton e diz: Eu também sou Bode do Asfalto. Pronto, acabei tomando café na PRF e batendo um bom papo sobre o Moto Clube.

 

Cheguei direto na Farmácia do Bode César que me hospedou na casa de sua mãe que foi desocupada recentemente pelo inquilino. Uma mordomia . . . .

Liguei para o Irmão Ivo com o qual tinha contato telefônico em 2009 e ele veio ao meu encontro para conversarmos. Depois saí e fui caminhar até o centro da cidade.

       

À noite a Facção Três Lagoas reuniu-se para um jantar com as cunhadas. E eu, casualmente, estive presente....rs Essa turma é muito animada e fiquei sabendo de cada história que não dá para contar aqui. hehehe.

       

Parece que o tesoureiro da Facção só liberou grana para esse prato....

   

Assim, com 8.200 km e à dois dias de chegar em casa (Curitiba) e rever à todos com quem convivo, encerro meu "expediente" por hoje.

Mapa, simplificado, do caminho de volta, até agora.

 

Encontrei este casal de motociclista de Ji Paraná-RO na conversa descobrimos que temos vários amigos motociclistas em comum. Eles estão retornando para casa depois de um mês viajando por vários estados brasileiros. Esqueci de perguntar o nome deles mas vi que no colete consta  KAFAS MCC.

 

Muitos me perguntam qual a autonomia da moto. Se a estrada for boa e plana e você mantiver a velocidade cruzeiro de 100 km/h ela indica até 315 km de autonomia.

Passei por Presidente Prudente mas como não tinha a lista dos Bodes do Estado de São Paulo e não tinha avisado ninguém, além de estar ameaçando chuva, passei direto com destino ao Paraná. Algumas paisagens bonitas nesta região de São Paulo.

         

Encontrei este Santuário Morada de Deus em Presidente Prudente e fui visitar. Naturalmente que fiz minha oração em agradecimento a tudo de bom que estou vivendo nesta viagem. Veja um pequeno vídeo do caminho dentro desse Santuário  A Q U I

                  

Olha a tempestade se formando aí. E justamente para o lado que mostra "Paraná" que é para onde eu vou.

     

Pois foi só eu chegar na divisa dos Estados de SP e PR para cair água. Nem consegui fotografar a ponte e o Rio Paranapanema que divide os Estados. Caiu muita água e pela primeira vez nesta viagem eu vi relâmpagos e escutei trovões. Lá para o MT, RO e AC a chuva cai sem alarde . . . .

   

Cheguei em Rolândia e liguei para o Nelson que veio me encontrar no Hotel e depois me levou para uma festa do Phantoms Moto Clube que estava em reunião para organizar o 9° Encontro este ano. Conheci o Bode (ainda não do Asfalto) Fabiano que fez alguns contatos por e-mail comigo durante a viagem.

           

O Bode Nelson (Perereca) e o amigo Adilson vieram me acompanhar até Arapongas onde fomos tomar uma café da manhã com pão de queijo dos mineiros Pennacchi, pai, filhos e irmão, que nos presentearam com balas de sua empresa.

     

Vários Bodes estão confirmando presença no 1º EBAI - Encontro dos Bodes do Asfalto Internacional que acontecerá entre os dias 13 e 14.02.10 em Assunción-PY.

Em Apucarana fui ao encontro do Bode Ilson Campana que estava acompanhado do Irmão Rochinha admirador do motociclismo. Depois fomos ao encontro do Irmão ... que pretende se associar aos Bodes do Asfalto.

         

Passei pela Califórnia . . . . .brasileira hehehe

       

Segui viagem por paisagens paranaenses já conhecidas, com estradas muito boas mas pagando pedágio né? rs.

       

Depois de tanto tempo viajando, encontrei o verdadeiro Bode do Asfalto. Chamei-o mas ele não estava muito afim de fazer amigos. . . . .rs

   

No meio do caminho, quando almoçava encontrei o vereador Milton Xavier (Toxinha) de Arapongas que fez questão de tirar uma foto na moto e ao  conversarmos descobrimos que temos amigos em comum.

 

Chegando na cidade de Ponta Grossa fui na Motai Motos do Bode Erdson onde encontrei os Bodes Amarildo, Joaquim e Gilson além de outros Irmãos que trabalham na empresa. Olharam o pneu traseiro de minha moto e ficaram preocupados . . .  eu então baixei a velocidade para 100 km/h e fui pilotando "na ponta dos dedos" mais 110 km para chegar em Curitiba.

       

Chegando perto de Curitiba o clima já começa a mudar. Isso é as 18:00 h do dia 29 de janeiro, e estava frio.

     

Chegando em Curitiba encontrei representantes do ROTA X, do BODES DO ASFALTO e da LOJA RENASCER me esperando na entrada da cidade o que me deixou muito feliz.  Esses amigos representaram todos os que me acompanharam na viagem e torceram (até rezaram) para que tudo corresse bem, como correu.

       

Muito, muito obrigado à todos.

Naturalmente que a Amira também esteve presente para me dar as boas vindas e, se eu me comportar, me liberar novamente para uma outra viagem, um dia. . . . .hehehe

   

DEUS, meu companheiro por estes 30 dias, nesta viagem de 9.066 km por 5 estados brasileiros, muito obrigado. Vamos continuar juntos, sempre.

Do 20º andar onde moro, ainda deu para apreciar o final do dia em Curitiba.

     

Quilometragem final 9.066 conforme registro abaixo.

   

44 CIDADES VISITADAS:

Palmeira, Irati, Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Cascavel, Toledo, Santa Helena, Marechal Candido Rondon,

Itaquiraí, Sete Quedas, Amambai, Ponta Porã, Dourados, Maracaju, Sidrolândia, Campo Grande, Camapuã,

São Gabriel do Oeste, Coxim, Rondonópolis, Cuiabá, Cáceres, Pontes e Lacerda, Vilhena, Rolim de Moura,

Presidente Médice, Ji Paraná, Jaru, Ariquemes, Porto Velho, Presidente Mainard, Rio Branco, Xapuri,

Cobija-Bolívia, Cacoal, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães, Campo Verde, Primavera do Leste,

Rio Verde, Tres Lagoas, Rolândia, Apucarana e Ponta Grossa.

 

30.01.10 = Dia seguinte a oportunidade de rever e curtir minhas filhas Patrícia, Leilane e os netos Laura e Arthur.

            

Este mês tive muitos e grandes momentos de felicidade.

 

Dezembro/09

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Fevereiro/10