06.09.1957 = Nasci as 18:00 hs do dia 06.09.1957 no Hospital e Maternidade de Ituporanga-SC, primeiro filho de João Lourenço Massaneiro e Ermelinda Maria Massaneiro. Meus pais moravam numa comunidade chamada "Palheiro" encima da serra de Perimbó, que hoje virou município de Petrolândia.
Muitos anos depois fui conhecer a enfermeira/parteira, irmã Paulina, que fez o parto em minha mãe. Não só este como o de outros 5 irmãos meus.
Não sei quanto pesei nem quanto medi mas, nove meses depois eu já estava bem gordinho e com 3 anos, bem crescidinho e com ar de responsável pelas duas irmãs: Maria Eliza com 2 anos e Marina com 5 meses.
O colete que eu estava usando nessa foto, ainda continua comigo até hoje (2010), conforme foto abaixo.
Do "palheiro" mudamos para próximo de Urubici-SC (Morro Azul?) na Consolação onde meu pai arrendou uma serraria e comprou um pinhal para derrubar e serrar.
Não sei precisar com que idade essa foto foi tirada mas é uma das poucas que tenho.
Passado algum tempo nos mudamos para a cidade onde meu pai comprou uma serraria, dentro da cidade, e morávamos ao lado numa casa alugada. Na frente da serraria havia um campinho de futebol e onde a empresa de energia elétrica amontoava os postes de eucalipto que utilizava. Aí tive minha primeira tentativa de aprender a dirigir uma pic-up, de ré, aos 8 anos de idade. Claro que não deu certo e quase me acidentei. Aos 9 anos arrumei um serviço de cobrador da combi de lotação que fazia o trajeto do centro até a esquina. Lembro que ganhava Cr$ 1,00 por dia de trabalho.
Nos fundos da casa tinha um morro onde nós crianças rolávamos pelo gramado e colhíamos cortiça, uma fruta da família da fruta do conde, menor. Mais acima ficava a pedreira da Prefeitura onde íamos, eventualmente. Caçar passarinho era uma diversão com nossa "funda" (bodoque) e com bolinhas feitas de barro amassado e secado ao sol.
Lembro de uma briga dos guris (meninos) em frente a serraria e que eu "apartei" (separei). Isso ficou marcado para os vizinhos e meus pais. Acho que de tanto me elogiarem por este gesto acabei me tornando uma pessoa pacífica. Que bom.
Fui muitas vezes para o mato buscar toras de pinheiro com meu pai. Algumas vezes cheguei a posar no mato, inclusive sozinho em uma oportunidade. Nossa comida era, normalmente, polenta feita no caldeirão sobre o fogo e que se desse um vento acabava tendo mistura de folhas das árvores que caiam dentro. Mas tinha também passarinho/animal (jacu, tatu, tucano, nhambu . . .). O café era feito na "polaca" uma lata de óleo de motor com arames colocada sobre o fogo e despejado pó de café dentro da água. Muitas vezes, quando era lata nova, tinha gosto de óleo...rs e na maioria das vezes engolíamos o pó do café que não tinha descido até o fundo da lata. Leite? Não havia.
Cheguei a ir algumas vezes para Florianópolis levar madeira serrada. Contam uma história de que numa oportunidade meu pai me deixou dentro do caminhão esperando mas, impaciente, quando ele voltou eu estava andando sobre o muro do Palácio do Governo. hehehe
Numa dessas viagens me passaram um trote. Eu queria ganhar uma camiseta regata daquelas que os homens usavam sob a camisa. Então me disseram que chamava-se "sutiã" e não é que eu, feliz da vida, ficava falando que ia ganhar um sutiã? Era só risada de todos.
1964 = Não sei o que aconteceu mas em 64 meu pai se mudou para Santo Isidoro, distrito de Dois Vizinhos-PR. Comprou um pedaço de terra e ele mudou de profissão pois havia sido madeireiro até então. Construiu casa, chiqueiro, canal de água até a casa, cercas de arame etc. Agora em 2009 eu e meu pai voltamos lá e ainda encontramos a casa, daquela época, bem como alguns dos vizinhos que ainda moram lá e o reconheceram como um amigo e grande trabalhador.
Aos 10 anos eu já tinha mais 6 irmãos.